Mesolítico

Durante o Mesolítico, novas condições climáticas e ecológicas levam a uma ocupação mais intensiva do litoral e dos estuários, ou seja, mais próxima de linhas de água. Esta situação origina a acumulação de imensas quantidades de moluscos por parte do homem, que formam as jazidas arqueológicas mais características deste período – os concheiros.

Os concheiros, vestígios deixados pelas ocupações sucessivas de pequenas comunidades de 20 a 25 indivíduos, são restos de acampamentos onde se construíam cabanas, pára-ventos, lareiras e outras estruturas de apoio ao povoamento.

Os recursos alimentares diversificam-se a par de inovações técnicas na indústria lítica que se aperfeiçoava havendo um trabalho na pedra cada vez mais pormenorizado. Assim, a utilização sistemática de artefactos compósitos construídos no essencial a partir de micrólitos, permitiram aos caçadores-pescadores-recolectores atingir um modo de vida que lhes permite sobreviver com base na recolha de recursos naturais.

As estações, da zona da Lourinhã, onde estão patentes este período são as de Toledo, Valfrades e Ponta da Vigia já no concelho de Torres Vedras, todas à cota de 30 metros.