Igreja do Castelo

«Tanto a data em que foi fundada a Igreja matriz da Lourinhã como o nome do respectivo fundador são segredos que nenhum dos raros e modestos investigadores atraídos pelo passado histórico da pitoresca vila estremenha logrou desvendar até hoje.» É assim que começa o Boletim da Direcção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais sobre a Igreja matriz da Lourinhã, mais conhecida por Igreja do Castelo.

A Igreja do Castelo é o monumento mais imponente da Lourinhã e também o mais antigo, estando ligado ao reinado de D. João I, Mestre de Aviz, e ao Arcebispo de Braga D. Lourenço Vicente, natural da Lourinhã, conselheiro do Rei. Sendo assim parece lógico datar a construção deste Monumento nacional de estilo gótico mendicante entre os anos de 1384 e 1397.

A Igreja do Castelo sofreu com o passar do tempo várias obras de restauro, sendo uma delas no final do século XVII que «acabaram por causar à velha igreja muitos e imperdoáveis danos. Além dos desmandos estéticos em que tais iniciativas são sempre férteis (entaipamentos, mutilações, etc.), registou-se ali um que (…) se juxtapôs às paredes da frontaria e da fachada do sul. Êsse singularíssimo revestimento mural alterou da maneira mais desairosa, como se pode supor, a fisionomia do monumento.» Este restauro, que levou à degradação do estilo da Igreja, só foi corrigido no início do século XX, terminando em 1939 com a publicação do livro já acima citado.

Actualmente a Igreja do Castelo é o monumento de maior interesse no concelho da Lourinhã, podendo ser visitado todos os dias. Com ele apenas se iguala o Forte de Pai Mogo, recentemente intervencionado.