O novo dinossauro português, com 130 milhões de anos de antiguidade, mostra que a Ibéria possuía uma grande biodiversidade de dinossauros espinossaurídeos. Os paleontólogos chamaram à nova espécie Iberospinus natarioi.
O espécime foi originalmente atribuído a um trabalho de 2011 ao famoso dinossauro Baryonyx walkeri.
Mas agora, novos ossos e uma re-examinação do material mostraram que é uma nova espécie. O estudo foi publicado na revista científica PLOS ONE, pelos paleontólogos Octávio Mateus e Darío Estraviz-López, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e do Museu da Lourinhã, que pode ser consultado here.
O novo dinossauro foi batizado Iberospinus natarioi, que significa “espinho ibérico” e também está dedicado ao seu descobridor, Carlos Natário.
“Estou muito grato de ter tido a oportunidade de estudar este dinossauro, nunca irei esquecer tudo o que aprendi durante esta viagem” diz o autor Darío Estraviz-López, que está agora a fazer a sua tese de doutoramento sobre mamíferos Pleistocénicos na Universidade Nova, após completar o seu mestrado em paleontologia na mesma instituição.
Este novo estudo foi financiado pelas “Bolsas Super Animais 3” (uma colaboração entre os supermercados Pingo Doce e o Dinoparque Lourinhã). Uma exposição dedicada ao novo dinossauro irá abrir as portas brevemente no Dinoparque Lourinhã, para depois passar ao Museu da Lourinhã. Irá incluir arte do paleoartista Victor Feijo de Carvalho, vencedor do prestigioso prémio Lanzendorf de paleoarte em 2021.
Segue-se a reportagem da TVI relativa a esta descoberta.