Romano

Não se encontra muito material romano ou pós romanização no concelho da Lourinhã embora os concelhos de Torres Vedras, ao Sul, e de Óbidos, ao Norte, possuam estes vestígios arqueológicos. No entanto, as lendas ligadas à presença dos romanos estão vivas na memória do povo e presentes na génese toponímica das aldeias.

O Museu da Lourinhã possui cerâmicas provenientes de um forno que existiu em Paimogo e que foi destruído por trabalhos agrícolas, restos de ânforas, uma ânfora proveniente do arrasto de uma rede de pesca ao largo da Berlenga, portanto, do naufrágio de um dos muitos barcos romanos que passavam pela nossa costa ou aqui vinham comercializar. Um peso de tear proveniente de Ribeira de Palheiros não tendo sido encontrado em contexto arqueológico. Uma lucerna (original?) não proveniente da Lourinhã.

Na igreja de S. Lourenço dos Francos encontram-se duas lápides que Beleza Moreira data da segunda metade do século II d.C. e que, pelo tipo de paginação e pelo uso dos mesmos nexos devem ser provenientes da mesma oficina local.

Estas duas epígrafes atestam a existência da gens Julia nesta região.

Monumento n.º 1 Monumento n.º 2
D(iis) (hedera) M(anibus)
IVLIAE C(aii) F(iliae)
MAXIMAE A(nnorum) XXX
C(aius) IVLIVS SEVERVS
P(ater) ET PATERNA
MATER
F(aciendum) C(uraverunt)
D(iis) M(anibus)
CAIO IVLIO LAVRO
C(aii) F(ilio) A(nnorum) XXXXI
IVLIA MAXSVMA P/ATRI
P(ientissimo) F(aciendum) C(uravit)